XR.PRO – Livro de Visitantes

Mensagens direcionadas ao site Marcus Valerio XR – Filosofia & Ficção Científica (XR.PRO.BR) devem ser postadas aqui.

62 opiniões sobre “XR.PRO – Livro de Visitantes

  1. Bom dia Marcus,

    Escrevo neste momento pois ao chegar em casa minha segunda ex-esposa estava lendo sua resenha sobre o filme Her, ao reler essa resenha (sendo que agora já vi o filme) notei algo interessante que queria comentar com você, você menciona na resenha que o Eros não consegue sobreviver com a partilha, eu queria mencionar que acho esse pensamento um tanto arcaico, você como um filósofo e alguém extremamente inteligente deve ver isso se parar para pensar, o egoísmo atual do Eros é fruto da sociedade atual, mas a idéia de partilha de um parceiro já existe faz algum tempo sem perda do desejo, até mesmo o trecho que você fala que nossa sobrevivência depende disso parece um exagero desmedido. Digo isso não só pelos exemplos na literatura e história (mulheres espartanas e o livro O Nome do Vento só para mencionar alguns) como também por experiência própria, minha segunda esposa estava aqui exatamente por isso pois fazemos sexo casual mesmo estando separados e quando estávamos juntos fazíamos sexo com garotas e chegamos inclusive a fazer sexo com um dos meus melhores amigos (sem bissexualidade masculina, só para ficar claro, rsrsrsr) e tudo isso sem prejuízo ao nosso Eros, na verdade usando outro exemplo o filme Azul é a cor mais quente (nome original Le Vie d`Adelle posso estar errado não sei francês) expressa bem um exemplo de como me sinto sobre ela, anyway, estou divagando. Eu acredito que você consegue ver do que estou falando sobre esse pensamento de Eros egoísta, eu acho que algo mais natural e evoluído seria o comportamento da sociedade matriarcal do livro acima mencionado, O Nome do Vento, eu acredito que quando você escreve você é muito influenciado pelo sua própria criação monogâmica, mas se parar para pensar creio que abriria sua mente para outras possibilidades.
    Gostaria de ouvir suas opiniões sobre essas considerações que eu fiz sobre o amor erótico.
    Atenciosamente,
    Luiz Henrique Carvalho de Oliveira.

    • Olá Luiz…
      Obrigado por seus comentários sobre meu texto em http://xr.pro.br/ENSAIOS/ELA.html
      O problema aqui é que nossos conceitos de Eros diferem, e você o está tomando por algo que envolve uma dimensão distinta. Eu gosto de utilizar os termos em grego que defino então como PORNEIA, EROS e PHILIA.

      PORNEIA é o desejo carnal, o “tesão”, um impulso de consumo de prazer físico, sobretudo, e meramente voltado a satisfação sensorial direta;

      EROS é o desejo emocional, impulso de consumo de prazer psicológico que experimentamos sobretudo nos romances;

      PHILIA é laço mais maduro da relação fraternal.

      Quando eu digo que o Eros não aceita o compartilhamento, me refiro a esse romance pleno, típico daquela fase dourada do namoro, intenso, onde estamos apaixonados. Ora, não é nada fácil acontecer isso simultaneamente da mesma forma. Não digo impossível, mas convenhamos, é raro.

      Suas colocações, no entanto, estão claramente voltadas ao sentido Porneia, visto que relataste relações puramente sexuais. Mas acaso vocês viveram romances intensos com cada uma dessas pessoas simultaneamente? De certo que não. Apenas um momento de atração física que pode ser consumado num curto período de tempo e se esvai. Já o Eros exige períodos de tempo muito maiores. Enquanto o Porneia se satisfaz com alguns minutos do ato sexual, para o Eros vários dias, semanas ou meses de convivência podem ser insuficientes, e por isso mesmo é muito difícil compartilhar isso, visto que exigiria alguma redução do tempo da pessoa conosco. No entanto essa convivência nem sempre tem que ser física, pois o eros pode recuar para um nível mais abstrato uma vez que já está mentalmente consolidado, mesmo assim essa necessidade de exclusividade permanece.

      Imagine você tendo um romance remoto (eu já tive um) com alguém que você se corresponde intensamente, em paixão declarada e trocando juras de amor por carta, e-mail, telefone etc, e de repente a pessoa lhe dizer que está fazendo a mesma coisa com outra pessoa?!

      Isso ocorre porque apesar da distinção qualitativa, Porneia (físico) Eros (psíquico), estes ainda estão muito próximos, compartilhando algumas características, e sendo normal que o mais primitivo puxe o mais elevado para baixo.

      Evidentemente o amor entre Samantha e Theodore é Eros puro! Visto não haver como existir conjunção carnal, para a qual não conta aquela cena de masturbação com estímulo verbal. Também são Eros aqueles romances platônicos dos cavaleiros com suas musas inatingíveis, que jamais terão consumação física. A idéia do amor romântico entre seres que jamais se tocam não é novidade alguma, e está presente na forma remota desde que existe correspondência de cartas. Samantha e Theodore, por outro lado, graças à tecnologia podem não estar literalmente juntos a nível físico, mas estão muito próximo no psicológico.

      O ciúmes de Theodore evidentemente é um remanescente dessa limitação compartilhada com Porneia. Samantha, por outro lado, transcendeu essa limitação por ter elevado seu amor ainda mais, ao nível da Philia, onde de fato o amor se torna maior e mais amplo, e assim mais abstrato, podendo de fato se expandir e transcendendo as limitações, embora ainda não ser o amor divino, o ÁGAPE.

      E o mais importante, essas categorias de amor e atração são transculturais, portando não se tornam obsoletas e nem surgiram num súbito momento.

      Em suma, você está usando a palavra ‘eros’ num sentido diferente do meu, visto que mistura aquela parte que separo em ‘porneia’. A falta dessa distinção me parece problemática porque ela não conseguiria dar conta dos amores platônicos jamais consumados, que não são menos intensos, como é o caso do filme HER.

      E quando digo que nossa sobrevivência depende disso é porque se o porneia evoluiu em concomitância de nossas interações carnais reprodutivas, o eros evoluiu em paralelo à nossa sofisticação emocional direta, bem como o philia em relação à nossa complexidade social. Sem esses sentimentos não teríamos atração sexual, romances e por fim estabilidade emocional que nos permitem ter famílias e construir sociedades mais amplas.

      Seria maravilhoso imaginar todos evoluindo para o nível Ágape, mas isso só seria possível no dia que transcendêssemos nossa limitações físicas.

      Obrigado pelo comentário.

      • Gostaria de saber se a sua abordagem enquanto: se Jesus é filho de maria com o espírito santo e Não com José, como pode Ele ser descendente de Davi? No entanto desafia: se alguém souber alguma maneira de neutralizar essa contradição não hesite em me escrever. Então, como eu considerei sua visão muito libertadora e inteligente quero saber: alguém conseguiu neutralizar esta contradição? Estou na espectativa pela resposta. Obrigado!

      • Caro Ildo Genisat. Desculpe a demora mas ficou um pouco difícil localizar sua pergunta dentro de um outro assunto. Mas a resposta, no que se refere à contradição entre as genealogias de Lucas e Mateus, é Não. Uma explicação seria que a de Lucas passa por Maria, embora não haja nenhum indício que sustente isso exceto a necessidade de evitar a contradição, além de ser estranhíssimo traçar genealogias nitidamente patriarcais pelas mulheres.

        Além disso, a contradição entre afirmar ser Jesus filho de José ao mesmo tempo que se diz que não nasceu de sua semente também permanece. Mas essa não chega a ter um impacto direto na questão da genealogia, pois de fato sendo filho de Maria, ele ainda seria descendente Davi.

  2. Boa tarde Marcus,
    É com muita honra, que venho como Coordenador Geral do AAUSA / UFRRJ, te convidar para nossa 1ª Reunião entre Ateus e Agnósticos da UFRRJ.

    Gostaria de saber se é de seu interesse participar de nosso próximo evento.

    Aguardo ansiosamente sua resposta.
    Att,
    Welbert Cabral
    Discente da UFRRJ / Coord Geral do AAUSA.
    email: wsouc@ufrrj.br

    —————-
    Evento no face:
    https://www.facebook.com/events/1489681207950919/

  3. Bom dia Marcus,
    Primeiro peço desculpas por não definir meus termos, erro crasso, que destruiu meu argumento, entretanto eu acredito que pessoas inteligentes raramente discordam o grande problema está na comunicação. Quando eu li sobre esses termos eu aprendi da forma meu Eros = seu Porneia que seria amor erótico, meu Ágape = seu Eros que seria um amor mas romântico e meu Philis = seu Philia que seria amizade. Mas utilizarei utilizarei sua definição para continuar meu ponto.
    Meu ponto é quanto aos ciúmes, afirmar que o Eros não consegue conviver com a partilha é o que eu discordo, eu acredito que ciúmes são profundamente sociais, um produto da nossa sociedade, não algo real. Um fato interessante é que o objetivo do experimento social que eu realizei comigo e com minha ex-esposa era realmente amar mais de uma pessoa de forma “erótica”, ou seja pelo Eros, o que não posso dizer que foi bem sucedido. Teoricamente devido a essa eu deveria dizer que você está correto mas eu não acredito que essa falha seja evidência disso, nós não conseguimos exatamente pelos ciúmes da sociedade e a incapacidade das pessoas de verificar outros pontos de vista. Minha ex-esposa, como uma mulher atraente naturalmente obtinha muito mais oportunidades que eu em parceiros, e em dois deles chegou a ficar profundamente apaixonada de forma erótica por eles entretanto, falando especificamente do primeiro com quem isso aconteceu, ele gostava dela um pouco mas não conseguiu lidar com o fato que ela era casada comigo (o outro ela foi perdendo o amor aos poucos).
    Portanto nossa relação e experiência social tinha uma característica muito forte de Porneia, mas isso porque abordava todos os tipos de amor e Porneia é uma parte fundamental nesse tipo de relação, nosso objetivo era atingir Philia e Eros com nossos parceiros extraconjugais também, tanto que as pessoas que fizeram parte disso eram antes amigos e são até hoje.
    Quero botar também um adendo que a questão do tempo é uma questão muito importante eu notei que realmente é um problema logístico importante a questão de que quanto mais tempo ela passa com a outra pessoa é um tempo a menos que ela passa comigo, a principio eu pensei que seria um argumento final para essa experiência, ainda mais para mim que sou uma pessoa que gosta de estar com a pessoa o tempo todo, porém não foi isso que aconteceu na prática, eu tinha tempo suficiente com ela para ficar satisfeito e consegui me treinar para pensar em outras coisas e fazer outras coisas e quando estávamos juntos aproveitávamos bem o tempo, ou seja essa impressão também é produto de um ciúme incutido em nós já há muito tempo.
    Agora indo mais diretamente para seu argumento, a parte em que você menciona que o eros pode recuar para um nível mais abstrato ou seja não tendo tanta necessidade da presença mas ainda necessita exclusividade, oras isso em si é incoerente se ele “recua” ou seja tem menos exigências porque não eliminar essa exigência, e também a hipótese de trocar juras num relacionamento a distância e descobrir que existe uma terceira pessoa, meu argumento para isso é : e daí? Esse é exatamente meu ponto, eu lhe disse pense nisso, pense no ciúme, pense em abolir ele, o que ele traz de prático? Eu realizei o experimento social com a minha esposa e admito no começo foi difícil, eu senti ciúmes até que não senti mais, e nossa relação continuou ótima durante anos em todos os níveis, Eros, Porneia e Philia.
    Outro contra-argumento é o óbvio que Samantha não dividia o tempo dela, ao ter um relacionamento com outra pessoa Theodore não perdia nenhum tempo com ela, tanto que no final ele diz que está tudo bem com ela se relacionar com outras pessoas, claro que ele não estava completamente bem, estava lidando com a situação, mas eventualmente ele iria ficar, esse é meu ponto que o ciúme não passa de um constructo social inútil.
    Concordo que naturalmente a proximidade de Porneia e do Eros faz com que o primitivo puxe o mais elevado para baixo, mas isso ocorre naturalmente, não irremediavelmente, você pode através de razão e autocontrole fazer o contrário e dominar a emoção com lógica, acredite é o que eu faço o tempo todo. Só porque algo ocorre naturalmente não quer dizer que deve ser assim.
    Eu não entendi direito a sua consideração com amor divino (Ágape) como você bem lembra sou ateu, mas ignorando isso, não acho que Samantha elevou seu amor mais ao nível Philia, eu entendo que ela sempre utilizou o amor em seu aspecto completo, claro que apesar de não poder concretizar Porneia de fato, eu assumo que através dos dados que ela tem acesso ela pode “imaginar” as sensações causadas pelos sentidos extras, assim como eu posso imaginar como seria ter um sexto sentido que me permite sentir eletricidade dos corpos (tubarão) ou um sétimo sentido que me permita saber exatamente onde estou o tempo todo (sombra de Unepic).
    Essas categorias são transculturais realmente e ajudam a atingir um entendimento, mas devo ressaltar que cada cultura lida com elas de uma determinada forma também, portanto a razão de que o ciúme apesar de pertinente a maioria das culturas não está em todas, mas o motivo de sua grande frequência se deve ao conceito de posse e aos papeis masculinos e feminino, sendo que na maioria das vezes as mulheres são vistas como mera propriedade.
    Sim a distinção é problemática mas espero que tenha ficado claro agora o que eu quis dizer no primeiro comentário, é como eu disse nós não estávamos e ainda acho que não estamos discordando muito, na maior parte das vezes os problemas estão nas palavras.
    Repito que não entendo o seu Ágape, porém quanto ao comentário das limitações físicas ai acho que finalmente vamos discordar, as pessoas frequentemente atribuem ao físico uma limitação e para não me prolongar mais nesse comentário já enorme, só quero dizer que acho esse dualismo tolo, se por hipótese existe esse dualismo alma/corpo ou mais no meu campo mente/corpo, ter os dois objetos sempre vai ganhar ter apenas um, a ideia que precisamos nós desligar do corpo porque ele é limitado é absurda, se o corpo tem uma alma ele pode usar as propriedades de ambos enquanto a alma só pode usar as propriedades da alma, essa incoerência é notável principalmente nas várias religiões se você observar nas parábolas frequentemente o corpo é denegrido nesse mesmo conceito em que você fala, como um limitador mas frequentemente é desejado e cobiçado. Oras, porque um objeto de ojeriza seria desejado é tão incoerente quanto o dualismo feminismo/machismo observado ultimamente.
    Finalizo deixando a questão do primeiro comentário: Porque não a partilha? O Philia já não é muito ciumento e o Porneia você já admitiu uma partilha de certa forma, novamente pergunto por que não o Eros? Lhe devolvo seu experimento se você descobrir que ela está se correspondendo com outra pessoa? Claro que você sentirá ciúmes, não vai querer aceitar, etc, a principio, mas pense um pouco, essa exclusividade exigida vale a pena mesmo? Se não tiver ela você realmente prefere cortar esse laço? Só pense no assunto pelo outro lado, qual seria o grande problema?

    • Olá Luiz…

      Fico feliz que tenha percebido que o principal problema aqui é terminológico, mas de qualquer modo resta uma série de ruídos que precisam ser removidos para que possamos chegar a delinear o que de fato está sendo debatido em termos de idéias, e não de palavras. Portanto, deixe-me fazer aqui um pequeno esquema visual, limitado pelos parcos recursos do wordpress, para tentar deixar o ponto mais claro.

      {[Pornéia – EROS] – PHILIA]} – Ágape

      Nesse pequena “equação” quero dizer que nossa principal confusão ocorre com os termos Pornéia e Eros, em colchetes, mas a discussão se estende até o conceito de Philia. Esses 3, entre chaves, são os relevantes. O Ágape é citado apenas para efeito de comparação com um estágio superior de amor. Como não estamos ainda à sua altura, há pouco o que se considerar a respeito, lembrando que ao considerá-lo “divino” uso figura de linguagem, nada tendo a ver como religiosidade ou espiritualidade. Por isso irei desconsiderar parte do final de sua mensagem, a respeito de dualismo e religiões.

      Citando você: [“…eu acredito que ciúmes são profundamente sociais, um produto da nossa sociedade, não algo real.”]

      Nesse ponto minha discordância é extrema. Ciúmes é sim socialmente reforçado, mas ele é original, e PREDOMINANTEMENTE biológico. E nem há como ser diferente, visto fazer parte de mecanismos comportamentais evolutivos de evidente valor adaptativo. Indivíduos que manifestem nenhum ciúme seguramente perderão na corrida evolutiva e passarão menos genes para frente, se é que passarão algum, do que os que manifestem ciúmes dentro de uma amplitude normal. Evidentemente, ciúmes excessivos também podem ser contraproducentes, mas é mais eficiente, do ponto de vista evolutivo, ser extremamente ciumento, até num nível que beire a sandice, do que nada ciumento.

      Bem, eu tenho um texto antigo sobre esse assunto http://xr.pro.br/Ensaios/Ciumes.html Está um pouco datado e já não uso mais alguns dos termos da mesma forma. Mas nada altero essencialmente dele, portanto acho que deve ser suficiente para explicar porque discordo de seu entendimento.

      Em segundo lugar, noto também uma aparente pressa de sua parte em dispensar a própria responsabilidade, e de sua parceira, no fracasso da experiência, e transferí-la para outrem. Sugiro refletir melhor nos próprios erros e sua verdadeira origem, sem delegá-los imediatamente ao social.

      Outro ponto interessante é que você notará a brutal diferença de potenciais e comportamentos femininos e masculinos. Uma mulher, principalmente quando jovem e bonita, possui uma facilidade incomensuravelmente maior de conseguir parceiros, a não ser pelo fato de que costumam ser muito exigentes e então acabam restringindo seu leque de opções. Por outro lado, homens tem uma grau de exigência bem menor para parceiras sexuais, mas tem muitíssimo menos poder de sedução. Isso significa que num casal jovem numa “relação aberta”, a tendência é ser muito mais vantajoso para a mulher, que removendo o principal obstáculo a sua sexualidade, o compromisso com o parceiro, fica totalmente livre para investir em quem ela quiser, com a vantagem adicional de não ter mais que se preocupar com as qualidades maiores masculinas que teria que observar no caso de um relacionamento mais sério, com vista ao suporte financeiro e sentimental, visto que estes já estão garantidos com seu parceiro oficial.

      Por outro lado, à medida que ambos envelhecem a tendência é essa disparidade se inverter. O “capital” sensual feminino principal, a beleza e juventude, vai se perdendo, enquanto o masculino vai aumentando, a experiência, maturidade, recursos financeiros etc.

      Previsão inevitável! Quanto mais a vantagem masculina aumentar, mais as mulheres tenderam a não gostar da idéia do “Relacionamento Aberto”. Você pode conseguir esse tipo de relacionamento agora, enquanto sua parceira for jovem. Mas pode apostar que quando você estiver no auge de seu poder de sedução ela não ficará nem um pouco à vontade com essa modalidade de relação.

      Noutro ponto você confunde minha afirmação de que o Eros pode “recuar” para um plano mais abstrato com o fato dele “fazer menos exigências”. Mas tais coisas em nada se relacionam. O recuo que falo é principalmente do plano físico, ficando mais longe do Pornéia, sem necessariamente passar para o Philia. Apenas aumentando a concentração no nível psíquico.

      Enfim, acho que ainda restam problemas de utilização dos termos, associados a uma visão problemática do conceito de ‘ciúmes’ misturado aos pontos que apontei acima. Com isso, sugiro que você leia o supracitado link e veja o que muda em suas concepções. Quero deixar claro que não estou rejeitando sua opção por Relacionamento Aberto ou mesmo sua visão sobre o tema, apenas acho que ela ainda está confusa, e que você tem tentando expressar algo que ainda não está claro para você mesmo.

      Amigavelmente

      Marcus Valerio XR

  4. Boaaaaaaaa Tarde Marcus,

    Já havia lido aquele seu texto sobre ciúmes. Reli novamente, sempre um prazer, passei para um amigo que estuda psicologia. Um dos seus melhores textos. Peço desculpas pelo meu último texto, fui muito prolixo, então vamos direto ao assunto.

    Ponto principal : Amor vs partilha

    Meu ponto – Amor (no aspecto sexual, fraternal e etc) consegue lidar com a partilha. (Não digo que é frequente ou que ocorre naturalmente ou até mesmo que já ocorreu, afirmo que é possível)

    Seu ponto – Amor (principalmente o emocional) não consegue lidar com a partilha. (Essa afirmação é muito difícil de defender pois qualquer ocorrência falseabiliza ela facilmente)

    Permita que eu diga que seu texto sobre ciúmes é perfeito e não discordo em absolutamente nada dele, mas ele também não discorda do meu ponto em absolutamente nada, em nenhum momento eu nego ciúmes e apesar de você continuar nessa argumentação ela é completamente estrita, evolutivamente, biologicamente, etc, não discordo de você em nada disso, a questão é que você não está atacando meu ponto, está falando sobre outra coisa.
    Assim como no gene egoísta de Richard Dawkins, dizer que é natural não adiciona em nada, não quer dizer se é bom ou ruim, permita que eu diga que CONCORDO com absolutamente tudo que você falou, infelizmente discutimos tanto e ainda não começamos a discordar de verdade.

    Ponto a ponto.
    Nessa quadréplica você diz que discorda de mim ao afirmar que ciúme é socialmente reforçado e não socialmente criado, mas pelo seu texto mesmo posso provar que você não discorda, pois foi obrigado a dividir o ciúme em dois, o socialmente criado (etno-ciúme) e o naturalmente criado (proto-ciúme). Ora pois, quando digo que o ciúme é socialmente criado estou falando do etno, entendo que você quer dizer que não devo esquecer o proto e não esqueço ele está incluído desde o primeiro argumento, ele é o sentimento que eu digo que temos de aprender a controlar só não usei a palavra ciúmes, eu concordo totalmente com tudo o que você falou mas você utiliza de exemplos estritos e eu estou tentando demonstrar um ponto geral, ai ficamos esbarrando em palavras. Falando de questões gerais posso usar seus exemplos mesmo para demonstrar que é possível abolir o ciúme. Falando de questões lógicas não adianta você me explicar as raízes disso tudo (que eu aprecio muito diga-se de passagem) ou dizer que tal sociedade não conseguiu, basta eu apenas mostrar um exemplo, e um caso interessante seria o dos esquimós, de uma sociedade que consiga “partilhar” o amor que sua posição cai por terra. Para provar que não é possível x, não preciso que x seja comum, preciso que ocorra somente uma vez.
    Quero reforçar mais uma vez que seu raciocínio está corretíssimo, ao falar por exemplo que egoísmo (ciúmes) do ponto de vista evolutivo é uma ótima característica, para passar genes etc, ou no texto que você linkou necessário para garantir a legitimidade hereditária e manutenção dos bens, você está absolutamente correto não discordo de nada, exceto que não é isso que estamos discutindo, não pensei em nada disso quando fiz a minha afirmação ou fiz o experimento social, Theodore não pensou nisso quando falava com Samantha, sua análise, do contexto social-histórico está perfeita, acho que você erra entretanto ao verificar o que se tornou. Eu discordo veementemente da Deine e do Samir, esse raciocínio de que sentimentos e logica são áreas que não se misturam é besteira, eu sou uma pessoa extremamente passional e extremamente lógica e não tenho problema em conciliar os dois, a questão é que sua análise falha em o que é o ciúme agora, nessa sociedade ocidental como você disse que desenvolveu o pior dos ciúmes, pode ter começado até mesmo na infância da forma como você descreveu, e também acho que vai continuar acontecendo, porém é a sociedade que cria o ciúme verdadeiro.

    Não é pressa, é que tento ser sucinto e pelo primeiro paragrafo já vi que falhei, eu só estou tentando não escrever muito, a razão principal da falha eu digo que é a sociedade pois fomos bem sucedidos durante anos, o ponto de ruptura foi ao meu ponto de vista conforme ela foi se inserindo na sociedade, pessoas próximas faziam críticas ao relacionamento dela que a afetaram profundamente, eu adoraria discutir mais sobre esse experimento, talvez começar uma nova discussão sobre isso, mas por enquanto quero me focar na questão : sociedade com partilha de amor que é o que estou defendendo aqui, não uma situação específica que aconteceu comigo. Quanto a mim não tive nenhuma falha acredito, mesmo hoje estou disposto a viver esse modelo de relacionamento, controlei meus ciúmes e me sinto bem, quanto a ela a culpa é dela no final das contas sim, mas como disse no paragrafo acima um exemplo já prova que é possível, isso põe 50%+1 da culpa nela e não na sociedade, mas acredito que a sociedade é a maior culpada, pois ela conseguiria se ajustar numa sociedade adequada.

    Quanto a esse conceito, no meu circulo chamamos de hipergamia, sei que não é o uso correto da palavra, mas gosto de me apropriar de palavras e criar novos termos, antinomia por exemplo eu denominei como se posicionar ideologicamente em um lado de uma dicotomia falsa, nos denominamos hipergamia feminina o fato de que quando jovem a mulher tem essa vantagem de “recursos” na sedução e hipergamia masculina o fato de que o homem quando mais velho toma essa vantagem. Novamente concordo com tudo que você diz, estamos absolutamente de acordo, claro que essa é uma visão muito cínica do mundo, se fosse por isso as mulheres poderiam simplesmente abusar e se aproveitar disso ao máximo na adolescência e juventude e os homens deveriam terminar os seus relacionamentos ao atingir uma certa “condição” social e econômica. Apesar de que volta e meia isso acontece mesmo (vide a vida), eu acho que em geral as pessoas tem muitas motivações e tendências por isso não se pode resumir dessa forma. Sendo um pouco mais especifico ela sendo bissexual não se incomodaria de eu achar mais parceiras pois com frequências as relações que eu tinha com outras mulheres ela estava acompanhando, poucas eu fiz sozinho.

    Novamente trago luz para o ponto principal.

    O que discutimos aqui é amor e partilha, até agora não conseguimos discordar de verdade, concordo com absolutamente tudo que você falou, só não acho que se aplica ao que discutimos.
    O que é o ciúme e o amor, como se tornou, sua natureza biológica, não nego nada disso, só não acho que se aplica ao assunto agora, posso até mesmo usar enxertos dos seus próprios livros para demonstrar, pois na maioria de ficção científica você demonstra como o sexo tornou-se algo de segundo plano (usaria isso para discordar quando você diz que o ciúme é fundamental e essencial pois não pode ser mais que sexo, apesar de que discordo que isso aconteceria com o sexo, mas pelo motivo de pulsão e não de naturalidade).

    Novamente rogo, imaginemos uma sociedade em que fosse ensinado a ausência de posse sobre outras pessoas, claro que o proto ciúmes existiria, mas com o estimulo da sociedade haveria um fretamento completo desse sentimento, sem a repressão sexual mulheres, não se resguardariam tanto e a seleção diminuiria permitindo sexo suficiente para não haver competições entre os homens pelas mulheres mais jovens e competição entre as mulheres pelos homens mais bem sucedidos pois todos teriam acesso a todos, novamente é bem parecido até com a sociedade do seu livro Raio Y.

    Novamente falhei em ser sucinto, quem dera conseguisse escrever um livro com tamanho afinco e paixão. Ansioso pela resposta.

  5. Havia lido quase todos os outros textos sobre hipergamia, exceto esse último, não tinha visto esses vídeos, não sei se eles não estavam nos outros textos ou se eu não vi eles, uau impressionante ver você pessoalmente muito emocionado, rsrsr, vou ler o último texto e ver os vídeos agora, eu li os livros Raio Y, Gravind e Gravindec e devo acrescentar que já li 85% de todo material do seu site, nos livros raio Y você aborda sexualidade de uma forma muito natural sem tabus e até acrescenta a questão da partilha que estou defendendo aqui e tanto em gravind quanto em gravindec você menciona acredito que com sua próprias palavras (em gravind) que o sexo ficou muito em segundo plano nas vontades das pessoas posso procurar a parte exata depois. Verei os vídeos e já já volto.

  6. Bom dia Marcos,

    Reli os textos e vi os vídeos, devo dizer que é emocionante ver você ao vivo de novo, e um prazer ouvir sua palestra, entretanto os vídeos são basicamente os textos tem pouca coisa nova, apesar de alguns detalhes interessantes engraçados e principalmente acho que finalmente entendi qual a sua objeção ao meu argumento, você deve estar dizendo que a hipergamia feminina impediria a partilha do modo como eu falei, sem contar que nas palestra mesmo você falou sobre o relaxamento das relações e outros processos, etc.

    Caso seja essa mesmo sua objeção eu compreendo sua posição eu também acho que essas características genéticas que se manifestam nesse comportamento (hipergamia, poligamia) são um pouco difíceis de combater, mas ainda acho que a sociedade consegue moldar esses padrões, podemos fazer como você considerou diminuir a quantidade de homens e isso geraria um comportamento de partilha (todos os homens teriam haréns) ou minha preferência seria gerar um comportamento social diferente através da educação.

    Voltando ao ponto principal que estamos discutindo aqui: amor e partilha.

    Se estou correto você está trazendo a tona a dificuldade de combater a forma como nossos instintos naturais se manifestam em comportamentos, entretanto apesar de não podermos destruir esses instintos podemos combate-los ou minha preferência molda-los.

    Novamente trago aqui um exemplo que é o que eu acho mais adequado que é a sociedade da coleção cujo primeiro livro é O Nome do Vento, http://kingkiller.wikia.com/wiki/Adem, a sociedade de Adem segue um comportamento sexual que é similar ao que eu defendo, você pode ler no link sobre a sexualidade deles mas para resumir, eles vêem sexo mais como uma necessidade biológica e existe uma ausência do pudor permitindo uma liberação sexual maior, é uma sociedade profundamente ginocrática e me parece descrever o que eu quero dizer.

    Novamente devo acrescentar que somente defendo a possibilidade eu sei que eu sou um caso raro pois tentei fazer isso com meu próprio relacionamento, mas no caso a característica que explica eu fazer isso é a mesma característica que explica sua dúvida de porque as sociedades evoluem e se tornam superiores e depois morrem, tem a ver com egoísmo e cooperação, você mencionou que minha esposa aceitou isso porque era benéfico para ela e que talvez ela não aceitasse quando não fosse mais, mas não é certo afinal eu aceitei quando não me era benéfico, é uma simples questão de cooperação e altruísmo vs egoísmo, o ato de ter um filho é um ato extremamente “maléfico” por assim dizer, pensando de uma forma bem utilitarista ter um filho é um ato de altruísmo completo portanto nada mais natural que conforme a sociedade vai ficando mais inteligente ela logicamente decide se abster dessa dificuldade, elas conscientemente decidem aproveitar a própria vida, sem a obrigação de ter um filho, pois novamente sendo utilitarista o que me importa é minha vida, não a sociedade ou o ser humano, desde que eu esteja “por cima da carne seca” estou satisfeito.

    Por isso a sociedade se autodestrói, mas o que eu defendo aqui é uma mudança cultural, apesar de ser ateu o que proponho com essa partilha não é uma simples compartilhação de sexo, eu compreendo que desejar mudar apenas a forma como nos relacionamos sexualmente é absurda, o que proponho é algo perto de uma “religião” pois muitas das minhas ideias são baseadas no Bhagavad Gita e você pode notar que no livro mencionado a sociedade também é baseado em alguns ideais indianos como yoga.

    Minha ideia é mudar completamente o modo de vida, o comportamento social, para que aja felicidade e satisfação para todos. Estava apenas mencionando a parte sexual/amorosa nessa sociedade utópica. Sim teríamos de fazer varias modificações inclusive politicas, e gostaria muito de conversar sobre isso, numa outra discussão talvez sobre sociedades perfeitas.

    • Olá Luiz. Desculpe a demora.

      Bem, para recapitular meus pontos, primeiro que deixar bem claro que o “Ciúmes” é um comportamento de base natural, mas que como tudo na humanidade, assume feições culturais. A manipulação da cultura, evidentemente, pode moldá-lo, mas nunca eliminá-lo ou mesmo invertê-lo por completo, e esse poder de manipulação é, como você mesmo já percebeu, dependente do grau de manipulação geral da cultura. Seria sim, possível, criar um contexto sócio cultural onde praticamente se eliminaria esse sentimento em sua manifestação mais óbvia, submergindo-o para manifestações mais sutis e menos problemáticas.

      Mas isso pressupõe um modelo sócio-cultural RADICALMENTE DIFERENTE do nosso. Ou seja. Não seriam mudanças aqui e ali, uma nova moda, um novo enfoque ou uma comunidade. Seria necessária uma reformulação extrema da civilização. Até mesmo as obras de Ficção intuitivamente percebem isso, inclusive as minhas, propondo moldes culturais radicalmente diferentes. Os tais Adem por exemplo sequer sabem da associação sexo e reprodução e não existem doenças venéreas entre eles. Só isso já geraria uma mudança extrema. E aparentemente, parece que as fêmeas não são hipergâmicas.

      Esse é o segundo ponto. O ciúmes masculino funciona de modo diferente do feminino, assim como quase toda a psique relativa a sexo e amor exceto em breves e intensos momentos de picos de Eros. *1 No entanto, para o homem, a mulher representa a vida em si, a promessa genética, manifestada simbolicamente, da imortalidade. Por isso a rejeição pode ser tão terrível, pois de certa forma é como se sua vida lhe fosse negada, fechado o portal para o futuro. Para a psique feminina ocorre algo similar, mas no fundo tem uma diferença crucial. Inconscientemente, a mulher sente que é a vida em si, mas que precisa ser cultivada, mantida e protegida. Para ela, a rejeição funciona de um modo diferente nas profundezas de sua psique. Enquanto para o homem é como um brusco fechar de porta que remove do horizonte a existência, para a mulher é como um apagar da luz, que não a remove, mas a fará definhar lentamente até a morte. Em suma, a rejeição, sentida de forma simbólica e profunda, para o homem é morte súbita, para a mulher e a notícia de que começa a morrer agora.

      *1-(Lembrando que aqui, Homem e Mulher estão sendo tomados num sentido generalizante, que melhor seriam entendidos como ‘O Masculino’ e ‘O Feminino’. Ou seja, é possível haver homens com comportamento feminino e vice versa, invertendo essas leituras. Mas tais casos são minoritários.)

      Uma das formas de manifestação mais claras disto são os comportamentos diferenciados após um súbito rompimento. Se tiver uma oportunidade, o homem irá iniciar um relacionamento o mais rápido possível, e normalmente só não o faz com mais frequência porque tem que ele próprio fazer uma nova conquista, e neste momento de fraqueza emocional, sua capacidade para isso fica comprometida. Mas se por uma feliz coincidência ele tiver uma boa chance, irá aproveitá-la até mesmo no dia seguinte. Já para a mulher sempre há um período de luto maior. Elas estão sempre “se recuperando de um mau relacionamento”, recusando insistentemente abordagens de outros homens com esse argumento.

      Isso ocorre porque para elas, a morte simbólica é muito lenta. Elas tem tempo pela frente. Tempo para se recuperar. Ela pode estar ferida, no escuro, sem o seu Sol, mas ela é a vida em si, e só precisa esperar até que surja um novo. Mas simbolicamente, o homem não. Ele precisa achar uma nova fonte de vida o mais rápido possível.

      Voltemos então para o Eros. Conforme eu o entendo, o Eros é especialmente limitante para o homem porque, sendo a mulher sua fonte de vida, qualquer concorrente diminui o estoque de vida que ele pode usufruir. Isso deriva da limitação reprodutiva feminina. Não importa que ela tenha vários companheiros, só poderá engravidar de um de cada vez. *2 Do ponto de vista feminino, como dito, ela já é a vida em si, e portanto suporta melhor várias fontes de luz, ainda que normalmente costume se concentrar mesmo num só.

      *2 – (Na verdade é possível uma mulher engravidar de mais de um homem de cada vez. Mas para isso precisa ter gerado mais de um óvulo, como no caso dos gêmeos dizigóticos, ter relacionado com mais de um homem simultaneamente ou num intervale de tempo muitíssimo curto, e coincidir de que cada óvulo seja fecundado por uma espermatozóide de cada um. São casos raríssimos, mas alguns já foram documentados.)

      Vejamos então Theodore, ao ouvir de Samantha que ela está num relacionamento com centenas de outras pessoas. Não importa a dimensão virtual e completa ausência de possibilidade reprodutiva. O Eros se constrói sobre o Pornéia, tento um salto de qualidade mais ainda compartilhando de muitas de suas características. Para Theodoea, ouvir aquilo foi sentir sua vida ser diminuída uma centena de vezes. É pior do que haver um único competidor, por exemplo. Como o homem que subitamente descobre que está apaixonado por uma prostituta. Claro que nesse caso ele ainda pode torná-la exclusiva dele removendo os demais competidores. Aliás é o que todo homem quando tem um relacionamento especial com uma prostituta faz. Exige exclusividade.

      Agora veja o ponto. Samantha, mesmo sendo uma MA, ainda é feminina. Ela é, simbolicamente, a vida em si. E sua dimensão virtual ainda lhe acrescenta a vantagem de estar, de fato, não limitada materialmente. Ela pode suportar facilmente essas milhares de relações. Note que, aliás, Samantha, em momento algum, demonstrou qualquer ciúmes de Theodore. E isso faz todo o sentido, pois o ciúmes feminino pode ser mais facilmente neutralizado se de algum modo o homem demonstrar que é suficiente para mais de uma relação. E o que os homens Alfa fazem. São tão bons que dão conta de várias. O mesmo jamais aconteceria com a maioria das mulheres. (Sem perder de vista as exceções e inversões pontuais, que podem subverter a própria dinâmica do masculino e feminino.)

      Em GRIDVENCE eu não explorei essa questão, mas já estou pensando numa outra estória onde isso acontece. Um MA que se torna perigosa por sentir ciúmes de seu proprietário. Mas posso garantir que Kethi seria sim, muito ciumenta, e não suportaria que Xanti tivesse uma companheira corpórea que não fosse ela. Provavelmente cometeria uma sandice e seria terminada pelo SISTEMA. Mas como ele é um homem já transhumano, que superou suas necessidade fisiológicas sexuais, não tem essa necessidade. Mas Kethi assim seria porque ela é psicologicamente encorporada. Mesmo quando não tem um corpo, que quer desesperadamente ter, ela age como se tivesse!

      Mas porque Kethi seria assim se eu mesmo disse que o Eros feminino tem mais facilidade de superar o ciúmes? Ora. Simples. Porque Xanti não é mais um simples homem! Para ela, ele á algo muito mais amplo. Nesse caso, parte da dinâmica se inverte.

      E é nesse ponto que eu quero chegar. Eu acredito que quando uma mulher tem ciúmes muito intenso, é porque ela tem alta dose de masculinidade nesse aspecto. Projeta a fonte da vida em seu amado, e se torna muito mais possessiva. Por outro lado, o homem que tem pouco ciúmes é exatamente o que, nesse quesito, possui uma alta dose de feminilidade.

      Isso pode ser observado até mesmo nos cafajestes. Ora, o homem Alfa pegador é justo aquele que conseguiu emular em si o poder de atração feminino, invertendo o jogo e passando a ser o objeto de cobiça da mulher. Um cara assim não tem que ser ciumento, embora alguns possam sê-lo, porque ele se sente como a própria vida, e pode mudar de parceira com enorme facilidade. Dificilmente sofrerá com o fim de um relacionamento, porque transborda vitalidade.

      E tentando sintetizar, só vejo então, uma forma de viabilizar esse contexto cultural onde o ciúmes possa ser neutralizado. Reduzindo a população masculina, como você já bem intuiu, e dando a esses homens o mesmo poder de atração que as mulheres possuem. Sendo poucos, partilhá-los já será natural, como aliás sempre foi para ao menos umas 30 bilhões de mulheres que já viveram neste mundo. E ao mesmo tempo, tendo várias fontes de vida, pelo seu ponto de vista, nas várias mulheres que possui, ficaria muito menos sensível ao fato de uma delas estar com outro homem. Estarão sobrando de qualquer jeito.

      Há uma outra forma. Mas ela implicaria em ambos os gêneros atingirem o perfeito equilíbrio psíquico entre seus aspectos Masculino e Feminino interiores. E isso é muito mais difícil do que imaginar sociedade exóticas, ousadas novas culturas e contextos fantásticos desnorteantes.

  7. Bertone, boa noite! compreendendo dessa forma, podemos então pensar que o Marxismo já não é um protagonista nas transformações das sociedades atuais, ainda mais que nos dias de hoje a classe trabalhadora conseguiu vários direitos e uma melhora significativa nos seus padões de vida, ou seja uma realidade totalmente diferente das condições de vida dos trabalhadores nos tempos de Marx. Queria saber a sua opinião sobre a importância de Marx e do Socialismo para os dias de hoje, seria apenas como um fator amenizante do capitalismo? seria ideologias apenas necessárias na luta por direitos trabalhistas? no que diz respeito a sua herança, seria apenas a Social democracia? ou os direitos alcançados dos trabalhadores? Também queria um comentário seu sobre um raciocínio que venho tendo sobre a situação da esquerda atual, vejo ela enfraquecida e fragmentada, e em muitos casos não conseguem superar dilemas básicos de suas próprias organizações, ainda é possivel se observar debates ainda sobre Trotskismo e Stanlinimos, aqui no Brasil vemos partidos nanicos que não conseguem forma nem uma frente básica para concorrer as eleições, acontece justamente o contrário na forma de conflitos entre eles próprios, a juventude que organicamente rebelde e revolucionária não se sente atraida a entrar nesses partidos, nesse cenário pergunto a você, a esquerda está nessa situação porque não consegue realizar um programa político para os dias de hoje, ou porque sua visão de Marxismo e obsoleta? será possível o socialismo se revisionar e se tornar atual e algo importante para os próximos acontecimentos, ou é algo apenas para ficar na história?
    _____________________________________

    Saul Ramos
    dezembro 11, 2014 às 21:33
    Marcus me desculpe pelo introdução do meu comentário acima, e que eu estava colocando uma postagem para o Bertone, mas também queria saber a sua opinião sobre os temas que levantei nessa postagem. Mais uma vez peço perdão e obrigado!

    • Em primeiro lugar é preciso distinguir a tradição Marxista em si dos demais movimentos de Esquerda, que são mais abrangentes. Assim, eu não diria que o Marxismo, ou seus derivados, sejam protagonistas, mas sim que sejam ferramentas usadas pelos protagonistas, estes sim, que moldaram o mundo contemporâneo.

      Em segundo é preciso distinguir as ferramentas de análise dentro do Marxismo, no caso o Materialismo Dialético, com o seu uso. Ou outras formas de análise histórica. O método usado por Marx e os resultados desse uso podem ser, por mais estranho que pareça, distinguíveis, até porque ele próprio pode ter cometido erros de utilização. Em especial, o que previa para uma época passada condições sócio econômicas que até hoje não se deram, em parte, suspeito, por um deletério eurocentrismo no próprio Marx.

      Assim, não é difícil readaptar os instrumentos de análise marxistas e reinterpretar toda a história recente à revelia dos modos equivocados com que tais instrumentos já foram usados. Em parte eu tenho tentado fazer isso, por meio de um antagonismo mais específico entre uma ampla Classe Trabalhadora, que inclui 99% da humanidade, e uma Plutocracia Oligárguica Bilionária, porém tentando evitar um maniqueísmo estrutural e pretendendo focar mais nas disposições mentais subjacentes a tais “pólos”.

      Isso também exige recusar uma série de pressupostos marxistas a meu ver fundamentalmente equivocados, como a Determinação Cultural da psique, substituindo-a por uma relação mais sinérgica onde as mentes individuais tem plena autonomia de redefinir a cultura a sua volta, ainda que num grau bem inferior à tendência oposta. Além de tudo isso, acrescento sempre o impacto da tecnologia, que ameaça desde sempre subverter por completa todas as dinâmicas históricas.

      Isso me leva exatamente a minha visão da Esquerda hoje, que tem sido desastrosamente manipulada exatamente pela mesma Oligarquia Plutocrática em questão. Originalmente temos uma Esquerda tradicional, focada na luta de classes e na emancipação dos trabalhadores, que amplio para uma mais vasta Classe Trabalhadora. Mas hoje essa tradição está em nítido segundo plano, tomada por uma Esquerda corrompida, fraudulenta e nada menos do que criada pelas Elites Bilionárias, com o objetivo óbvio de enfraquecer a Esquerda Originária, que já não era lá muito unida.

      Claro que existe também uma degeneração espontânea da Esquerda clássica, oriunda principalmente das falhas estruturais do marxismo e em especial de sua desastrada concepção de natureza humana. Mas a corrupção reinante dos neoesquerdismos contemporâneos é incomensuravelmente mais destrutiva.

      Em suma, trabalho com uma distinção entre o Esquerdismo original, que visa a transformação da sociedade para a progressiva melhora do bem estar da imensa maioria da humanidade e que inevitavelmente pressupõe a redução do poder das Elites Bilionárias, e os Neoesquerdismos deturpados criados exatamente por essa mesma elite, a saber, Feminismo, Racialismo, Homossexualismo, Abortismo, Ambientalismo, Neoliberalismo etc.

      • Obrigado pelas respostas, só mais uma questão, você acha que a Social Democracia, ou a chamada Terceira via, se incluem nesses movimentos deturpados de esquerda?

      • Em tempo, a Social Democracia não é originalmente um desses neoesquerdismos citados, mas sim uma inevitável síntese de pretensões revolucionárias e limitações imposta pela realidade e pelo bom senso. Mas ela é justo a que foi corrompida pelas ações no neoesquerdismo, até porque as posturas revolucionarias mais radicais corromperam-se por si só, ou foram neutralizadas pela, mais uma vez, pura e simples realidade. Até o Socialismo Fabiano original, século XIX, parecia realmente bem intencionado, tentando promover uma transição suave para um novo modelo social. Mas acho que nada restou dessa disposição.

        Atualmente a Esquerda Originária está basicamente nos movimentos sindicais de base, e a Neoesquerda em todo o resto. E basta que um movimento sindical fique forte demais para que se tente cooptá-lo para a Neoesquerda, haja visto o que ocorre com os sindicatos filiados à CUT. E pode notar que o sinal mais evidente de degeneração é quando uma corrente de esquerda que antes estava preocupada com os trabalhadores como um todo, de repente começa a falar em aborto, LGBT, violência doméstica etc. O próprio PT é o maior exemplo disso, e o PSOL replicou esse processo de degeneração numa velocidade espetacular, realizando em menos de 10 anos aquilo que demorou 30 no PT, e sem sequer subir ao poder.

        Onde foi parar Heloísa Helena, por exemplo, que sempre foi contra o aborto?

  8. Marcus Valério o que você pensa sobre a existência de deus? O que seria deus para você ? Você disse que teve uma experiencia mistica… O que e como foi isso.. Depois dessa experiencia mistica você acreditou mais em deus ou acho que foi algo psicológico que sua mente criou?

    • Prezado. Minha posição está basicamente expressa em http://xr.pro.br/Ensaios/Agnostico.html

      A experiência mística em questão foi um estado de intensa felicidade que me acometeu após uma revelação pessoal, onde descobri que não tinha uma missão espiritual específica a ser obrigatoriamente cumprida em minha vida, mas sim que estava livre para construir meu próprio caminho e responder principalmente a minha própria consciência. O livro que desencadeou tal evento foi Conversando com Deus, de Neale Donald Walsch.

      Mas isso não muda minha postura essencialmente cética, de um agnosticismo puro onde tal experiência pode ser sim interpretada de forma espiritual como de forma puramente psicológica. Como não acredito ser possível superar a barreira fenomênica e efetivamente conhecer a realidade em si, me resta agir de forma pragmática e aproveitar tal experiência como o fenômeno benéfico que é, uma força de edificação mental que me auxilia e serve independente de qual seria sua realidade última.

      Em suma, o quer seja o Universo que me cerca, dentre as 4 possibilidades epistemológicas enumeradas em http://www.xr.pro.br/Monografias/estEtica_Dourada3.html#SISTEMA , levarei minha existência de uma mesma forma, uma que satisfaça a todas elas.

  9. Me perdoe se o texto foi incompreensivel , e que eu utilizo tablet e náo computador o que dificulta um pouco para o texto ser compreensivel. Você visitou o site ou blog, seja lá o que for, de Jeová náo éo pai. Lá o texto evidencia através do novo testamento que o Jeová náo e pai de Jesus e Jesus nunca chamou Jeová de pai. Por isso que nao e correto chamar de deus mitológico judaico cristão. E quanto a punição perpetua, se sabe muito bem que Jesus utilizava de simbologia e parábolas entao náo devemos le los literalmente. Inferno seria sheol ou Hades que são sepultura e o lado de fago seria aniquilacionista. Quem pregou tormento infernal foi a igreja católica que misturou com paganismo em suas religiões. Deus e luz e náo ha treva alguma nele.

  10. Estou começando a ler um conto do Universo Damiate, que é Alice. Tenho umas perguntas em algumas do texto que eu li, que é a seguinte: Os Sentinelas do Dia são a representação do Cristianismo? Pergunto isto pelas crenças similares ao Cristianismo. Outra pergunta: Xait(esqueci o nome) é a divindade específica do monoteísmo judaicos-cristão que é Satanás? Pergunto isto, porque não seria ao uma aversão ou ao um ataque indireto ao Cristianismo?

  11. Caro Marc…
    As respostas podem ser encontradas no Glossário de ALICE 3947 http://www.xr.pro.br/ALICE3947/GLOSSARIO.html

    Em especial nos verbetes próximos ‘Xait’, ‘XANTAI’ e ‘Xantaísmo’.

    Quanto aos Sentinelas do Grande Dia, são apenas uma paródia de comunidades ultra religiosas milenaristas, que aguardam o fim do mundo. Não é uma crítica ao Cristianismo em especial, embora frequentemente tais religiões sejam ser de tradição abraâmica.

  12. Ola Marcus. Formularei algumas perguntas que espero obter resposta sua se não violar as regras. 1:Quando você sonha te da novas idéias para ficção científica? Sonho, imaginação são entes não-físico? O que são “eles”? 2: Você disse que Eros não se partilha, então porque já me apaixonei por duas meninas que me corresponderam? 3: O que é felicidade? E como produzir ela? A terceira pergunta, se quiser, não precisa responder. Abraços.

    • 1 – Eu tenho sim muitas ideias literárias que vem de sonhos. Bom como inspirações musicais. Algumas dessas inspirações foram materializadas e estão presentes em meus livros, contos e músicas. Não vejo motivo para considerar os sonhos como algo não físico, eles são evidentemente fenômenos de ordem cerebral. Como sempre, eu não fecho por completo a possibilidade de algo que ainda não sabemos, mas não aposto nela.

      Para mim, a melhor explicação para os sonhos é o simples fato de que perdemos o que chamo de “Ancôra Sensorial”. Isto é: quando estamos despertos estamos sendo amplamente afetados pelo mundo à nossa volta por meio de nossos sentidos, o que nos obriga a uma concentração sensorial e ajuda a manter o foco de nossos pensamentos. Mas no sonho essa afetação é reduzida ao mínimo, e então a mente fica como um barco a deriva, sendo facilmente conduzida pelos pensamentos mais vagos e dispersos. Fica difícil se concentrar.

      2 – Você não entendeu. A questão seria se VOCÊ, estando mesmo apaixonado, estaria disposto a partilhar uma dessas meninas com outro rapaz!

      E elas? Sabiam uma da outra?

      3 – Felicidade é o nosso objetivo maior, o Bem que está acima de todos os outros, o alvo inalcançável ao qual estamos sempre buscado. Interessante você se referir a “produção de felicidade”. Bem, o que posso dizer é que a felicidade é sobretudo um estado interior, dependendo pouco de fatores externos. Uma mente depressiva, por mais rica e repleta de prazeres, jamais encontrará felicidade em lugar algum enquanto não mudar a si mesma. Ao mesmo tempo uma mente otimista e aberta ao amor pode ser feliz mesmo nos contextos menos favoráveis.

  13. Ola marcus. Considerei sonho como algo não-físico pelo simples fato de que não foi observado cientificamente de onde vêem o sonho ou qual parte do cérebro que produz esse efeito. Mas considerando bem, ninguem tem todas as respostas. É que eu ja tive sonhos tão reais que nem parecia ser sonhos. Ja teve paralisia do sono? Onde seu corpo esta totalmente paralisado e a sensação de está flutuando? Gostaria de te perguntar como uma pessoa como eu , que embora tenha uma imaginacao fértil, produzir um belo conto de ficcao cientifica? Qual caminho ou atalho para chegar a produzir conto de ficcao científica? Bom marcus. Eu sou um grande fa seu e um frequentador assíduo pela suas obras. Entao eu dou meu parabéns por uma pessoa sensata e sincera que é você. Bom, é só isso e me perdoe se eu te atrapalho por alguma coisa. Abraços.

    • Bem Marc, a atividade cerebral durantes os sonhos tem sido sim largamente observada, pesquise termos como “sonhos neurologia cérebro” ou similares e você vai achar muita informação a respeito. Não há motivos para achar que sonho venha de outro lugar que não o cérebro, assim como todos os demais fenômenos mentais. Insistirei sempre que isso não elimina a possibilidade de que ainda se descubra alguma instância não cerebral, mas por enquanto não parece prudente apostar nela.

      Sim. Já tive alguns eventos de paralisia do sono, bem como outros frequentemente atribuídos a Projeção Astral, como a sensação de estar flutuando fora do corpo. Não descarto a possibilidade da existência de um fenômeno ainda não cientificamente estudado, mas a possibilidade de que sejam meros sonhos é muito forte.

      A primeira dica para quem quer escrever Ficção Científica é Lê-la! Ler boas estórias de FC, ou até de não-FC, é a matéria prima mental necessária. É quanto mais bagagem literária você tiver, e mais diversificada, melhor tenderão a ser as suas próprias produções.

      Em segundo é preciso exercitar a imaginação, e uma forma muito boa de fazer isso é recriar as estórias que você leu com variações. Pegue uma obra que você tenha gostado muito e a reinvente, misture-a com outras, transplante fórmulas de uma ambientação para outra etc. A criatividade nada mais é do que uma forma intuitiva de fazer isso. Com o tempo, treino, e talvez sorte, você começará a criar estórias que nem sequer perceberá quais as fontes que a inspiraram. TENHA MUITO CUIDADO com os lugares comuns. Ao menos no princípio fuja de fórmulas muito manjadas, como dragões ou vampiros, porque principalmente para escritores iniciantes é quase impossível fazer algo que não soe como um plágio, além do que a possibilidade de isso ser bem recebido por leitores é quase nula. Tente fazer misturas inovadoras. Se quiser insistir em coisas como estas, ao menos associe-as com abordagens que não lhe são comuns, do tipo “dragões mecatrônicos” ou “vampiros de energia vital”.

      Terceiro, persistência. Ninguém faz nada sem dedicação e insistência. Se você notar uma tendência a começar coisas e abandoná-las, para depois começar outras e abandonar de novo, fique ciente de que algo está errado e dessa forma você não irá longe. Um meio eficaz de superar isso é já ter a estória quase toda delineada em sua mentes antes de começar a escrevê-la. Muitas das que escrevi estavam vagando em minha imaginação há anos, com toda a estrutura básica totalmente definida, só faltando recheá-las. Embora eu também tenha começado a escrever outras sem ter a menor ideia de como elas se desenvolveriam, e conseguindo terminá-las de um modo que me surpreendeu e me agradou muito. Mas via de regra quando eu abandono ou demoro demais a concluir uma estória é por ela não estar definida.

  14. Olá Marcus. Obrigado pelas dicas. Pode até ser que sonhos são uma projeção do cérebro, mas ainda me pergunto: como que células (neurônio) tem a capacidade de projetar algo que que não esta programado a fazer? Ou seja, células tem outras funções do que este. Uma objecao ao Meta Continuidade-Mental. Se a consciência é um produto do cérebro, e este morre, entao como que a consciência sobreviverá após a morte?

    • Se a mente for um produto exclusivo do cérebro e não tiver como permanecer sem ele, então não há Meta-Continuidade Mental.

      E quem disse que o cérebro não está preparado para sonhar? Essa é uma de suas atividades básicas.

  15. Olá Marcus. Gostei da sua hipótese científica a respeito da Gravidade Artificial. E a simulação de Gravidade Artificial através do Magnetismo é bem interessante. Até porque a Gravidade é umas das forças fundamentais mais fraca do que todas as outras forças fundameitais. Então o Magnetismo exerce maior forca do que a Gravidade. E voce disse que o consumo energético para gerar um campo magnético seria alto, aí pergunto: seria mais alto do que o campo magnetico da terra? Até por que isso já é possível. Por exemplo, a ressonância magnética tem o dobro ou 1000 vezes ao campo magnetico da terra. Me desculpe se estiver equivocado ao conpreender ao oposto da sua hipótese física. Você também disse que não sabe o que ocorreria ao organismo exposta ao campo magnético tao alto. Mas considerando bem, não acontece nada. Veja isso pela analogia que eu dei que é a ressonância magnética.

    • Sobre o texto http://xr.pro.br/FC/GRAVIDADE.html , vejamos.
      Eu recomendo cuidado com essa noção de que a Gravidade é uma força fraca, visto que depende do contexto. É óbvio que imãs podem vencer a força da gravidade na Terra em várias ocasiões, mas apenas envolvendo certos limites de massa. Dependendo da massa do corpo em questão a gravidade vence. Algum magneto consegueria erguer uma esfera de ferro de 100 toneladas?

      A força de atração depende muito da distância. Se basta alguns metros para nos livrarmos totalmente do efeito atrator de uma magneto, mas precisamos de centenas de milhares de kms para nos livrarmos da atração da Terra, então em que sentido podemos dizer que a atração gravitacional dela é mais fraca?

      É certo que a atração gravitacional exige muito mais massa para se fazer sentir, como já vimos, pequeninos imãs tem força notável ao passo a gravidade só é perceptível em corpos de massa extrema. Nesse sentido dá pra afirmar que a força eletromagnética e mais forte que a gravitacional. Mas a gravidade atrai tudo, diferente do magnetismo. E por fim, num Buraco Negro, até a força eletromagnética é vencida.

      Por fim, estamos acostumados a sessões muito breves em máquinas de ressonância magnética, não a uma exposição contínua. Também podemos ter exposições breves a aparelhos de raios-x, mas sabemos que uma exposição suficientemente prolongada e fatal.

  16. Olá Marcus. Eu também nao entendo sobre a gravidade ser uma força fundamental fraca. A força nuclear forte é uma força fundamental superior a todas as forças fundamentais, embora com raio de distância curto. E a gravidade talvez seja fraca porque ainda nao encontraram uma troca de partículas denominada graviton. Uma unificação entre a teoria da relatividade de Einstein com a mecânica quantica é o sonho de muitos físicos. Já ouviu falar sobre a “teoria” das cordas? Coloquei entre aspas porque não é uma teoria propriamente dita. É apenas uma hipótese metafísica. Mas o “legal” dela é que ela consegue unificar ambas teorias e é chamada até mesmo da “teoria de tudo”. O que acha?

  17. Amigo, gostaria de discordar de alguns pontos do seu texto sobre a libido feminina.
    Tudo bem eu concordo que a mulher possua libido sim, mas querer compará-la com a libido masculina é no mínimo ridículo. Dizer que a mulher gosta de sexo na mesma medida ou até mais do que o homem é absurdo.
    Não precisa de explicação científica, biológica, filosófica ou cultural para saber disso, precisa-se apenas observar com os olhos o dia-a- dia, o cotidiano da vida do ser humano. Só fato delas serem hipergâmicas MONOGÂMICAS já prova por si só que jamais poderiam se igualar ou superar o homem em libido pelo fato destes serem POLIGAMOS. Observe que o homem na maioria das vezes está sempre pronto para o sexo, seja pela manhã, pela tarde, à noite, ao acordar ou prestes a dormir, há qualquer momento que surja uma oportunidade para sexo o homem irá abdicar de qualquer outra coisa na vida para fazer sexo. Sexo para o homem é mais importante que a própria vida dele, nós homens ficamos excitados sexualmente apenas olhando para uma fêmea, se o homem estiver saudavél não é preciso nada mais do que olhar para uma mulher pra que ele tenha uma ereção, o homem após 40 minutos de uma ejaculação ele já quer transar novamente, no homem a libido é tão grande que chega a atrapalhar no trabalho e estudos, na realidade o homem pensa em sexo 24 horas, a vida do homem é sexo, vê se isso acontece com a mulher, claro que não. Se você privar o homem de sexo ele é capaz de enlouquecer ou ficar doente e morrer e não me venha com exceções de monges e religiosos e blá blá blá. No homem a libido é o próprio homem, o homem é um reprodutor nato a libido no homem é explosiva e não faz distinção das fêmeas, outro fator que pra min comprova a superioridade da libido masculina sobre a feminina, ou tu acha que aquele galã da globo não penetraria uma vagina só porque a mulher é feia? Não me faça rir.
    Já na muher não, a libido da mulher precisa ser muito estimulada por uma série de fatores para que venha aflorar.
    Tem que ter preliminares, tem que ser macho alfa, tem que entender de clitóris, tem que saber dizer palavras mágicas, toques mágicos, linguagem corporal dominante etc, se o homem quiser ativar e presenciar a tão falada libido feminina.
    Vou citar um exemplo da minha família, tenho minha mãe e uma tia que são viúvas há cerca de 15 anos e elas não tem parceiro sexuais e você percebe que elas não estão nem aí pra isso. Já conversei com minha sobre isso e ela me disse que não atrapalha em nada na vida dela, agora se fosse meu pai ou meu tio eu te garanto que eles não passariam 30 dias sem sexo, se eles não conseguissem conquistar uma mulher com certeza iriam a um prostíbulo, pois o homem não consegue viver sem sexo.
    Também discordo de você querer medir a libido feminina através de adolescentes e tietes atrás de ídolos e cantorzinhos kkkkkkk, amigo, aquilo não é libido alta, aquilo é FETICHE. A mulher não usa sexo para obter prazer como o homem faz, o sexo para mulher é quase como uma moeda de troca, é algo usado para atingir algum objetivo, até pouco tempo atrás algumas mulheres sequer sabiam explorar o corpo para obter um simples orgasmo, ETA LIBIDO ALTA kkkkkkk. A mulher não gosta do corpo do homem em si, da mesma maneira que o homem gosta do corpo da mulher, na pornografia 99% dos consumidores são homens. O homem gosta verdadeiramente do corpo da mulher, mas a mulher é fascinada pelo PODER DO HOMEM e não pelo homem em si. Lembra daquele ditado que diz que quem gosta de homem é viado? Pois é amigo, esse ditado está corretíssimo, os mais velhos eram observadores e estavam com a razão.
    Enfim, o que quero deixar claro é que na minha opinião, não dá pra comparar algo que é automático e que parece estar ligado o tempo todo 24 horas por dia, (sim, mesmo dormindo o homem tem ereção e não raro acompanhado de um sonho erótico) com algo que precisa de mil parafernalhas físicas e psicológicas para que seja ativado e funcione como é o caso da libido feminina.

    • Prezável…
      Que tal ler o texto de novo (http://www.xr.pro.br/Ensaios/Atracao_Idolatra.html) e tentar me mostrar onde foi que eu disse que a libido feminina é equivalente à masculina? Toda minha argumentação é focada em dizer sim que a libido feminina existe, e que EM ALGUNS CASOS pode superar a masculina, mas em lugar algum eu disse que ela é comparável no que se refere a sua onipresença e ostensividade. Num sentido prático, nada tenho a discordar do que você falou, só que ISSO NÃO SIGNIFICA que a libido feminina em si seja mais fraca QUANDO ela se manifesta. O que ocorre é que ela se manifesta com muito menos frequência.

      De qualquer modo, eu explorei mais esse tema numa resposta a um visitante, está em http://www.xr.pro.br/VISITANTES/ReinaldoSantos2.html , na parte SEXUALIDADE FEMININA, e ainda tem o adendo no texto original onde apontei que o problema pode ser entendido não exatamente pelo fato da libido masculina ser maior, mas pelo fato de muito raramente estar satisfeita devido a um problema de escassez. Para o homem, sexo é um bem terrivelmente escasso e caro.

      Mas e se vivêssemos num mundo onde houvesse um enorme excedente de lindas mulheres sobrando, todas sedentas por sexo a ponto de nos ser possível ter experiências maravilhosas limitadas apenas pela nossa resistência física?

      Será que continuaríamos assim tão constantemente desejosos?

      Releia o texto, leia a resposta e reflita se isso não é mera questão de confundir terminologias e situações. A criança mimada que tem de tudo frequentemente não mostra a mesma disposição para comida que a criança miserável e faminta. Isso significa que sua voracidade em si é maior? Ou apenas que está muito mais ativada?

      Amigavelmente
      Marcus Valerio XR

  18. Boa noite Marcus, tudo bem? Marcus, recentemente vi um vídeo seu em uma página chamada Rede social de Esquerda, intitulada dividindo a classe trabalhadora, gostei muito das explanações, são muito convicentes, mas queria saber se existe uma base teórica conhecida sobre essas proposições em relação ao enfraquecimento dos movimentos de esquerda por grupo neo-esquerdistas, de onde surgiu essas afirmações? outra coisa, gostaria de saber se os movimentos de esquerda aqui no Brasil estão ciente dessa fragmentação que esses movimentos causam na esquerda. Também gostaria de perguntar o que você acha da Social democracia, e desses partido menores como: PCB, PCO PSTU? muitas vezes vejo os discursos desses partidos ultrapassados e pouco realista, e também uma pergunta pessoal, você é de esquerda? se for, sobre que bases e pespectivas você se enquadra nela?

    • Até onde eu sei, fui o primeiro a falar publicamente sobre esse tema no Brasil, mas de lá para cá já começaram a surgir alguns posicionamentos similares. Faça por exemplo uma pesquisa no google digitando ‘ feminismo site:pco.org.br ‘, ou veja alguns casos isolados onde essa conscientização já gera reação violenta das militâncias vendidas a ONGs financiadas pelas Fundações norte americanas, como http://www.marxismo.org.br/content/solidariedade-mauro-iasi-pcb-abaixo-o-racismo-o-racialismo-e-o-fascismo

      Ultimamente tenho visto algumas novas percepções nesse sentido, embora infelizmente ainda muito tímidas. Absolutamente nada que sequer se aproxime de alguma chance de ampla divulgação.

      No exterior isso já tem sido falado por pessoas bem mais notórias, como Alain Soral, Maxim Schevchenko (acessíveis em https://www.youtube.com/user/NovaDireitaCultural), ou por um interessante episódio que relatei em meu periódico de 10 de Março em http://xr.pro.br/MARCO2015.HTML

      O fato é que o caminho da esquerda hoje exige superar esses “primitivismo” radicais de querer derrubar o poder à força, e não se deixar arruinar por essa agenta Neoesquerdista que visa corromper por completo qualquer pretensão a uma verdadeira transformação sócio econômica. Para sintetizar bem, é preciso focar na Esquerda ECONÔMICA! E não na Cultural.

  19. Olá Marcus. Gostaria de fazer lhe uma pergunta: O que é mente? Muitos pensam que emoções é derivada da faculdade mental. Mas isso não é verdade porque o Sistema límbico que controla as emoções. Então o que é mente? E o que é a essência ultima do ser?

  20. Olá, adorei seu texto, conseguiu colocar em palavras o que eu sempre quis dizer para as feministas ferrenhas. Queria recomendar uma série chamada Sons of Anarchy, que além de me mostrar conceitos que eu nunca enxerguei sobre a anarquia, também tem personagens ricos em complexidade, tanto personagens masculinos como femininos.

  21. Olá Marcus tudo bem? gostaria de discutir um pouco sobre o conceito de sociedade do ponto de vista político e econômico que aos pouco estou desenvolvendo e tentando solidificar um opinião, e gostaria de sua ajuda. Bem estou lendo alguns livros no que se refere ao papel do estado na economia, como: O Estado Empreendedor de Mariana Mazzucato, e a Social democracia de Anthony Giddens. Também venho observando e lendo um pouco sobre a abertura política de Cuba, Vietnã e China. Acredito que me aproximo muito da social democracia, acredito no potencial individual das pessoas, que as pessoas podem criar, inovar e realizar grandes feitos, mas, também acredito que o estado gerido de forma honesta e com pessoas competentes também pode realizar inovações e propiciar bem estar para toda população. Em todo o mundo temos exemplos de sucesso dos dois lados, temos países liberais como os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Austrália com altos índices de desenvolvimento, mas também temos exemplos de países com a presença do estado que também possuem boa qualidade de vida, como alguns na Europa, a exemplo os Nórdicos. Então me remete a ideia que a economia mista, pública e privada poderia andar juntas, sem precisar desse dualismo que existe entre Marxistas e Liberais, mais estado, menos estado. Existe uma interpretação da sociedade de Émile Durkheim, que acredito que pode reforçar essa ideia, ele diz que a sociedade ao mesmo tempo que é individual e coletiva, individual porque pensamos todos de forma distinta com interpretações próprias do mundo em nossa volta, e coletiva porque a sociedade e o conjunto dessas individualidades, e se a sociedade funciona como um todo, e porque embora tenhamos nossas diferenças chegamos a um consenso geral entre todos. Não devemos cair no autoritarismo e no marasmo da coletividade, e nem no egoísmo do individualismo, podemos funcionar entre coletivo e individual. No plano econômico acredito que setores estratégicos da economia como, siderúrgicas, mineradoras, educação, saúde, transporte, teria que ficar sob controle dos trabalhadores vinculados ao estado, e serviços como bens de consumo, lazer, entre outros ficaria a cargo do setor privado, ou então a parceria público privada entre tudo. Penso dessa forma porque acredito que existe setores onde não cabe ao setor privado atuar, e outros que não cabem ao estado. No plano político a democracia com muito estado corre ´sérios riscos, e com pouco estado também, penso que o ideal seria um consenso entre as duas alas políticas, mas as vezes me pergunto, isso seria possível? um partido de caráter estatal assume o poder e enfatiza o papel do estado, ai vem outro de caráter liberal e desmancha tudo que o outro realizou e por ai vai. Estaria eu caindo no idealismo? Ou temos que optar por um lado?

    • Prezável. Em primeiro lugar me desculpe por demorar tanto a responder. Eu até tinha visto sua mensagem assim que foi postada, mas logo em seguida tive uma série de afazeres e confesso que me esqueci.

      Há uma falha fundamental em sua concepção. Os tais “países liberais” que citaste (Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Austrália) não são de modo algum países com pouca presença estatal ou Estado enxuto. São países com Estados eficientes em vários aspectos, e que certamente facilitam o empreendedorismo. Mas no que se refere a máquina estatal são todos tão ou mais estatistas quanto outro. Nesse sentido, o Liberalismo que é visto como uma mera forma de aumentar ou diminuir o tamanho do Estado é uma fraude, visto que no máximo otimiza essa presença num ponto ou outro.

      A questão não é quanto Estado existe, mas o quão eficiente e dinâmico ele seja. E muito liberais ainda tem o problema de fingirem não ver quando o Estado cresce a favor das grandes fortunas. A privatização por exemplo demanda uma intervenção estatal monstruosa tanto antes quanto durante e depois do processo, mas como esta é no sentido de beneficiar elites riquíssimas, que aliás são quem financiam os discursos liberais em sua maioria, é simplesmente ignorada pela crítica liberal.

      A própria noção de Parceria Público Privada (PPP) é um exemplo disso. Embora o termo em si seja simpático e poderia ser aplicado a verdadeiras parcerias benéficas a ambos, acaba sendo aplicado a uma das mais desavergonhadas formas de colocar o Estado a serviço exclusivo de empresas privadas bilionárias. No caso, um empresa, ou conglomerado empresarial, adquire “temporariamente” a exploração de algum setor investindo com recursos próprios em sua infraestrutura. No entanto NÃO EXISTE o risco típico que faz um empreendimento privado demandar eficiência e cuidado para ser bem sucedido, pois o contrato prevê que a empresa irá lucrar inevitavelmente, pois se não for possível extrair o custo do investimento mais lucro da exploração direta do setor, o Estado se compromete a complementar o restante! Ademais tal exploração pode ser prolongada indefinidamente, visto que apesar do prazo de 35 anos, qualquer reforma pode implicar em nova PPP, e não há como um empreendimento qualquer não precisar de um durante tanto tempo.

      Ou seja, essa modalidade de privatização coloca o Estado para custear o lucro do setor privado caso a exploração em si não cumpra a linda promessa liberal de eficiência e lucro.

      No mais, no que se refere a realmente discutir a presença do Estado na sociedade, a discussão deveria se dar mais no sentido de liberdades individuais que no sentido de empreendedorismo econômico, e TODOS esses exemplos citados são de notória intervenção em direitos civis até mesmo devido a características culturais.

      Por fim, sei que terminei saindo um pouco do cerne de sua pergunta, mas de qualquer modo estou a disposição caso queira discutir mais. Mas caso eu demore a responder, me lembre, por favor.

  22. Marcus Valério

    Posso dizer que até o aparecimento do primeiro organismo/consciência o mundo era determinístico?
    Apos deixou de ser ser determinístico e passou a ser 100% livre-arbitrado?
    Ou é um hibrido?
    Como um mundo pode ter características determinísticas e livre-arbitradas?
    Pode um mundo ser apenas livre-arbitrado?

    Att.

  23. Olá, Marcos. Meu nome é Lucas Vitor, tenho 24 anos e estudo Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília. Eu possuo um blog sobre filmes asiáticos e recentemente fiz uma análise sobre o anime “O Conto da Princesa Kaguya”, do diretor Hayao Myiazaki. Eu considerei útil falar sobre o conto no qual o filme foi baseado, e para isso, usei a sua monografia (http://www.xr.pro.br/monografias/Kaguyahime.html) como referência.

    Eu simplesmente adorei ter lido ela e me trouxe muitas informações novas. E também gostei de ver um adulto fazendo uma pesquisa séria envolvendo fábulas japonesas, algo que infelizmente não é muito comum no Brasil. Vi que foi um trabalho feito na UNB, o que me deixou mais feliz ainda de utilizá-lo para fazer meu artigo no blog: procuro sempre acompanhar e participar dos eventos criados pelo Departamento de Japonês da UNB.

    Eu vou deixar o link do artigo aqui, caso se interesse em lê-lo: http://asianocinema.com.br/2015/12/27/o-conto-da-princesa-kaguya-saiba-por-que-o-filme-e-uma-critica-sobre-o-patriarcalismo-no-japao/

    Um grande abraço! 🙂

  24. Bom dia!

    Prezado Marcus,

    Realizando um pesquisa na internet, deparei-me com o seu artigo de título DEUS (http://www.xr.pro.br/deus.html), achei interessante, porém, percebi que não há referência alguma, com isso suponho que são reflexões pessoais, correto?

    Na verdade, antes de encontrar seu site eu estava pesquisando a origem da concepção deus, infelizmente não a encontrei em seu link, enfim, eu gostaria de saber sua opinião quanto ao surgimento do conceito. Minha perspectiva é que provavelmente qualquer deus das atuais religiões não existe, contudo, devo admitir que o conceito filosófico é talvez possível, o que eu não entendo, segundo esta visão, é porque ele é necessário, e inclusive imaterial (ele não poderia muito bem ser material e criar algo material?), se a Ciência de certo modo tem demonstrado que, em tese, deus é descartável. Resumindo, pressuponho que a origem de deus é meramente conceitual de uma mente primitiva, mas isso é mera especulação, e eu gostaria de encontrar algum embasamento histórico sobre o assunto, do contrário, suponho que apenas a sua opinião já seria algo interessante para mim.

    Desde já agradeço!

  25. Ao autor deste Site:
    Moço: “parabéns” pelo conteúdo e pela montagem (bacana) do Site. No universo brasileiro tão rico em “ignorância e vulgaridade” é uma surpresa chocante constatar um conteúdo deste nível. Não sei como, mas vou tentar colocar seu endereço em alguma de minhas páginas na internet com o objeto de que outras pessoas encontrem sua página. Quem sabe se com isso se contribui para limitar a ignorância deste país .
    Grato.
    Iván Gatica Ríspoli / Americana SP.

    http://igrass.com.br/depoimentos

  26. Sempre tive depressão. Pensava, aos sete anos, “se eu tivesse uma arma eu daria um tiro na minha cabeça e acabava com tudo”. A partir da adolescência eu frequentei psicólogos que nada me ajudaram. Comecei a beber e usar drogas e o fiz desenfreadamente por 14 anos (parei no começo deste ano). Fui em psiquiatras que me receitaram remédios que me deixaram pior. Tomei dezenas de pílulas para dormir, mas nada aconteceu, além de dormir pra caramba. Tomei dezenas de remédios e nada também. Várias vezes. Um dia, aso 26 anos, eu estava em casa (morava sozinho, e moro até hoje) e cortei meu pescoço com uma faca de serra, mas bem afiada, voou sangue pra todo lado, mas não morri. Deitei na cama e fiquei sangrando esperando a morte, que não vinha, então com a mesma faca eu esfaqueei o meu peito no lugar onde eu achava que era o coração, entre as costelas. Várias vezes (acho que umas quinze). Enterrei-a até o cabo. Começou a sair um sangue escuro, quase preto e fiquei deitado esperando. Nessa hora o meu colchão inteiro já estava roxo. Mas, mesmo assim eu não morri. Devo ter perdido alguns litros de sangue, eu imagino (até escrevi com sangue na parede). A noite passou, eu acordado esperando, até que de manhã eu levantei e liguei para o SAMU. Chegaram, coloquei uma camiseta (eu estava só de bermuda e chinelos) fechei a casa e fui andando normalmente até a ambulância. Meu pescoço estava aberto. Costuraram meu pescoço no hospital, meus pais vieram e a médica me deu alta. Depois disso eu fui na psiquiatra que eu frequentava algumas vezes mais. Mas voltei a tomar remédios em superdoses e também inseticidas no copo, nada aconteceu. Até que a psiquiatra tirou meus remédios e desistiu do meu caso, me dando “alta”. Isso foi há seis anos, na época dos suicídios falhos eu tomava algum ansiolítico e mais bromazepam, depois que parei com esses remédios eu nunca mais tentei me matar e vivo normalmente trabalhando e com uma vida social regular.

  27. ola MARCOS VALERIO em julho de 2013 eu conversei com voce(http://www.xr.pro.br/VISITANTES/VISITANTES841.HTML) por ironia do destino eu trabalho no tribunal de justiça e se defende e muito “feminismo” /violencia domestica violencia patrimonial etc” eu nao sei se voce teve contato antes daquela nossa conversa com esther villar e nessahan Alita. Eu tenho a minha opniao que 80% das mulheres seguem o modelo proposto pelo nessahan. se eu tiver contato com os 20% eu estou no lucro(é melhor antever o pior do que se iludir, PÉS NO CHAO) em 2016 voce escreveu que o feminismo é ANTI-REPRODUTIVO. minha opniao sobre feminismo é que o movimento nao tem tanta legitimidade hoje em dia porque quero lhe apresentar um autor MARTIN VAN CREVELD nome do livro : SEXO PRIVILEGIADO O MITO DA FRAGILIDADE FEMININA. E mesmo alguns autores como warren farrell desmentem varios mitos feministas como diferença de salario entre homens e mulheres. na epoca em 2013 eu tinha 19 anos eu acho e lendo nessahan “tive aquela conversa com um pai que nunca tinha tido”. eu era muito iludido de acreditar em alma gemea e etc qual sua posiçao hoje(2019) sobre feminismo e sobre o nessahan? pra mim me ajudou a ser mais pé no chao e tomar cuidado. talvez voce ache tragico a visao dele mas nesse caso tem algum livro ou conselho pra dar? agradeço desde ja att HENRIQUE MATHEUS GONZAGA MARIZ

  28. Olá Henrique. Sim, me lembro de você. Obrigado pela mensagem.
    Já li o Martin Van Creveld há muito tempo, antes mesmo daquela época, e advinhe só, já havia criticado uma entrevista dele em sala de aula, como professor.
    Hoje, posso dizer que minha posição mudou um bocado e como deve ter notado no meu site, me tornei ferrenhamente antifeminista, e essencialmente conservador. Só não me confunda com um direitista qualquer. Hoje defendo integralmente os interesses da maioria populacional, tanto no sentido econômico quanto cultural.

    Sobre Nessaham, você não leu meus comentários sobre em http://xr.pro.br/Ensaios/Hipergamia/Atracao_Idolatra.html ?

    Saudações.

    • o nessahan eu considero algo especial mas eu sei que no fundo ele utilizou tecnicas de hipnose (modo de escrita) dai o por que de tantos seguidores e eu mesmo considerar algo relevante na leitura dele, eu me tornei pessimista e vejo no artigo que voce é otimista. eu sou servidor publico concursado e é uma contradiçao MINHA defender o estado minimo ou ser liberal apesar da minha familia ter varios servidores e a maioria votava no PSDB(1994-2009),salvo engano voce trabalha numa estatal de saneamento/aguas? ccomo ffoi ou é conciliar o pensamento connservador comm ser servidor? pra mimm acaba sendo um “”DUPLIPENSAR”” na esquerda eu nao vejo de todo mal.. eu vejo que o feminismo é ruim. eu guardo pra mim sem proselitismo pois evito conflito. acho o OLAVO DE CARVALHO um EXTREMISTA nao gosto do que ele fala e acho que é pobre em debate
      varios sites que falavam do nessahan falavam de olavo de carvalho commo reflexoes mmasculinas e silvio koerich me afastei porque nao vi boa coisa. sobre ser conservador quais artigos seus e que autores ou leittura voce recomenda?
      agradeço desde ja
      henrique mariz

      • Primeiro, eu não sou servidor público (estatuários regidos pela Lei 8,112), sou empregado público (regido pela CLT). Mas mesmo que fosse, que raio de contradição pode haver em ser conservador e ser servidor? Contraditório é, como no seu caso, ser servidor e neoliberal.

      • Conservador no sentido econômico seria que posição? Acabei confundindo com ser neoliberal. O mais próximo do anti-PT era o PSDB mas Estado mínimo me prejudica quanto meus benefícios como servidor público ( lei 5810/94, federal é 8112/90 sou estadual do estado do Pará) tiraram venda da licença prêmio (ou você goza ou perde) e uma série de outras coisas que pioraram. Me perdoe a ignorância mas até que ponto os neoliberais valorizam o poder de compra? Parece que o mercado vê com bons olhos e isso se reflete na bolsa e valorização da moeda. (Seria um ponto positivo) . Eu reencontrei o artigo sobre hipergamia numa “faxina ” virtual no meu computador. Vou tirar o tempo no final de semana pra ler seus artigos. Agradeço de todo modo a atenção!

      • Conservadorismo é a defesa de tradições e instituições que demonstravelmente funcionaram historicamente, rejeitando inovações duvidosas. No caso do Brasil, nossa tradição econômica é estatista, intervencionista e regulada. O neoliberalismo é um absoluto contrasenso visto não apenas romper com essa tradição, como já ter se mostrado evidentemente nefasto no pouco de aplicação prática que já teve.

Deixar mensagem para marc Cancelar resposta